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“É muito importante que o País não fique de fora” do Mecanismo de Cooperação Reforçada que está a ser discutido na União Europeia (UE) e tem que ver com a segurança dos diversos países. Segundo lembrou o líder do PSD, trata-se de “uma questão estratégica para o Estado português e para a Europa no seu todo”, pelo que reiterou não compreender o “silêncio ensurdecedor” e “insustentável” do Governo português nesta matéria.
“Foram tomadas decisões ao nível do Conselho Europeu, em junho do ano passado, e que traçaram um calendário para este processo na UE”. “É importante recordar esse calendário”, reforçou, acrescentando ter já abordado este assunto na rentrée política dos social-democratas. “Esse calendário pressupõe que, durante este mês de setembro, todos os governos da UE indiquem quais as áreas que julgam importantes para compreender neste Mecanismo de Cooperação Reforçada”, explicou.
“É muito importante que o País não fique de fora desse processo”
Pedro Passos Coelho afirma não compreender o motivo pelo qual o atual Executivo “não dá informação à Assembleia da República” sobre esta matéria, já que está em causa o “tipo de Europa que vamos criar, o que vamos fazer com as Forças Armadas dos diversos países, se o que se vai criar é alguma coisa que tenha um espírito complementar à NATO ou não”, continuou.
“É muito importante que o País não fique de fora desse processo”, alertou, justificando ser “indispensável que haja uma avaliação rápida (que já devia ter sido feita)” e para qual também deveria contribuir “o maior partido da oposição”. De acordo com o líder social-democrata poderão estar em causa questões como a partilha de recursos ou a criação de recursos comuns aos vários países.
À semelhança do que tem acontecido com o Orçamento do Estado (em que PS, Governo, PCP e BE se têm sentado para o discutir), o Presidente do PSD entende que “também é importante saber se, em questões estratégicas para o País, há preocupação do Governo em suscitar o apoio daqueles que são os seus partidos de apoio parlamentar”. Segundo destacou, “isto não é apenas uma questão da maioria, é uma questão do País e, portanto, tem de ser discutida com o País”.
Referindo-se às declarações do ministro da Defesa neste fim-de-semana, Pedro Passos Coelho classificou como “extraordinário” o facto de não ter havido uma alusão a “esta questão fundamental para a segurança coletiva, para Portugal”, mesmo depois de o PSD ter “pedido, há cerca de um mês, clarificação”. “Os portugueses têm o direito de saber como é que a maioria se comporta nesta matéria” de Defesa europeia, insistiu.