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Esta quinta-feira, 18 de agosto, Luís Montenegro afirmou que a decisão do BCE em rejeitar oito dos nomes propostos para o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos atesta a "incompetência" do Governo.
A decisão do Banco Central Europeu atesta "a incompetência máxima" do Governo, ao dizer que este "não está a aplicar a sua própria lei", sublinhou o Líder do Grupo Parlamentar do PSD, considerando a situação "humilhante e embaraçosa" para o Estado português.
De destacar que o Banco Central Europeu aprovou os 11 nomes propostos pelo Governo para o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, mas rejeitou outros oito por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades.
No entanto, para o PSD, a intenção já anunciada por este Executivo de alterar a lei bancária para recuperar "alguns" dos oito nomes rejeitados é vista como algo "patético" e trata-se de uma alteração legislativa que será "feita à medida, para ultrapassar a sua própria incompetência".
Na perspetiva do líder da bancada social-democrata, o Governo deveria "ter pensado em aplicar a lei tal qual ela hoje está em vigor antes de fazer as suas propostas", ao invés de fazer uma alteração para "poder nomear uma multidão de administradores para a Caixa Geral de Depósitos".
Para Luís Montenegro, todo o processo de gestão da Caixa Geral de Depósitos "é um autêntico manual de tudo aquilo que não deve ser feito" - "um hino à incompetência, à ligeireza e à displicência do Governo".
O Governo colocou a CGD "numa situação de fragilidade e instabilidade", estando-se a assistir "a uma profusão de notícias às pinguinhas”.
O próprio processo de recapitalização da Caixa está rodeado de "dúvidas e incertezas", constatou, sublinhando que a "instabilidade" que o Governo trouxe para o banco público tem contado com um "silêncio cúmplice" dos partidos que apoiam o executivo.