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A Comissão de Saúde reuniu na sequência de requerimento apresentado pelo PSD para “obter novos esclarecimentos sobre a situação atualmente existente no INEM”. Em causa está a indicação de que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) não está a conseguir responder a centenas de chamadas que recebe por dia.
Para o social-democrata trata-se de uma situação grave, pois há registo por exemplo de cerca de 1.400 chamadas por atender num só dia. Depois de ter ouvido o presidente do INEM a justificar esta dificuldade de atendimento com o pico de gripe ou com o aumento do número de chamadas, o PSD entendeu ser necessário ouvir outros organismos envolvidos. “A informação que obtivemos é de que os tempos de atendimento no INEM estão a derrapar, ao contrário daquilo que o presidente do INEM afirmou, de que estavam a recuperar”, afirmou.
O PSD manifesta, assim, a sua preocupação com o “derrapar dos tempos de atendimento” e com “o número muito grande de chamadas que não são atendidas diariamente”. O deputado disse, na comissão, existir “um acumular de deficiências no INEM: falta de meios e de recursos”. Para os sociais-democratas, trata-se de “falta de organização interna e de estratégia”. “O que vamos recolhendo é que os CODU não têm trabalhadores, o número de funcionários que deveriam estar por turno é muito maior do que os que estão”, denunciou Miguel Santos. A situação é agravada “pela imposição das 35 horas” e pelo “cansaço por parte dos técnicos que têm sido chamados a fazer horas extraordinárias que não estarão a ser pagas atempadamente ou na totalidade”.
Assim, e segundo o PSD, as chamadas não atendidas por dia podem ser “a consequência de falta de operacionais e não de períodos específicos do ano”, situação esta que se pode vir a agravar no período de férias. Segundo Miguel Santos, o sistema de “call-back”, que permite ligar para uma chamada perdida, não está a conseguir recuperar nem um terço das chamadas não atendidas.