“Auguro que o nosso futuro próximo vai ser amargo”

2 de setembro de 2016
PSD

O Eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, antecipou esta sexta-feira, 2 de Setembro, na Universidade de Verão do PSD que decorre em Castelo de Vide, que, se o Governo de coligação do PS com "populistas de esquerda radical" continuar a seguir o mesmo caminho, Portugal será "inevitavelmente" conduzido a um novo resgate.

"Aquilo que nós sabemos é que as coisas a continuarem como estão vão levar inevitavelmente a um outro resgate, é caminho que está a ser percorrido todos os dias", afirmou.

Na sua intervenção, Paulo Rangel considerou que, mesmo que o futuro da União Europeia seja bom, o "episódio" do lançamento de "uma coligação com populistas de esquerda radical trará um futuro amargo” para Portugal.

"Auguro que o nosso futuro próximo vai ser amargo e vai ser bem, bem difícil para todos", disse.

"O atual Primeiro-ministro, se obviamente não tivesse feito esta coligação com a esquerda radical e populista, o que teria feito? Teria desaparecido como líder. O que é que lhe teria acontecido? Teria desaparecido. A escolha dele era a espada ou a parede e ele preferiu a parede. E agora qual é o futuro de Portugal? Uma parede. O futuro de Portugal é uma parede", vincou.

Pois, continuou, neste momento o crescimento é "uma miséria", o investimento "caiu a pique", a exportações descem e o "célebre milagre económico que iam fazer, "desapareceu".

"Nós temos, mais uma vez, um político que só para salvar a sua pele é capaz de renegar os princípios do seu partido", referiu, ressalvando que "o PS não é o PS de António Costa".

"António Costa é a perversão do PS, porque fez uma aliança que é uma aliança com forças populistas que põem em risco o país", insistiu.

Paulo Rangel alertou ainda para o facto de Portugal estar "claramente em perda profunda de credibilidade" na Europa, considerando que o país está "completamente atrelado e colado à Grécia outra vez", com o segundo pior crescimento da Europa e as taxas de juro a irem para "limites impensáveis" há um ano.

"Foi feita uma operação de ligação ao PCP, que é um partido que defende a Coreia do Norte, que defende a Venezuela, foi feita uma ligação ao BE, mas um país pode ter credibilidade quando a política é chantageada, é ameaçada, é condicionada por estes dois partidos radicais de esquerda?", questionou Paulo Rangel.

E terminou com um aviso: "Eu não arrisco um milímetro quando digo: estamos em 2016 com António Costa a repetir a receita de 2009 com José Sócrates e pior do que isso: estamos a repeti-la nas mãos do PCP e do BE que vão destruir a economia. Vão ser os portugueses que vão pagar este preço e vão pagá-lo mais alto que do que alguma vez imaginaram".